Com mediação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) regional, grupos rivais da Terra Indígena Carreteiro, em Água Santa, no norte gaúcho, chegaram a um acordo para cessar confrontos.
A intervenção do órgão foi necessária depois que um conflito entre os grupos se intensificou na quarta-feira (4) e duas pessoas ficaram feridas por disparo de arma de fogo.
A violência mobilizou o Batalhão de Choque da Brigada Militar de Passo Fundo até a área.
Informações da Polícia Federal apontam que o confronto começou depois que uma liderança quis expulsar um grupo da terra indígena. A PF também atua para investigar os suspeitos dos ataques.
De acordo com o coordenador regional substituto da Funai, Luiz Carlos da Silva Júnior, tanto a atual liderança quanto os opositores assinaram o acordo.
— O clima estava tenso. Nós pedimos a trégua pelo menos nesse primeiro momento, mas queremos que se mantenha — disse.
Uma nova reunião, com o Ministério Público Federal (MPF), está marcada para sexta-feira (6), às 15h, virtualmente. Segundo o coordenador, o conflito será debatido com a presença de lideranças dos dois grupos e da Funai, a fim de chegar a um consenso.
A disputa entre grupos rivais pelo poder da terra não é novidade em Água Santa. Ao longo dos últimos anos, outros episódios já foram registrados. Em julho, a Justiça Federal condenou membros destes grupos por fomentarem o conflito e outros crimes.