O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara e Santa Cecília do Sul, Silvério Melara, participou de uma reunião em Ijuí na quinta-feira (30/01) para debater os impactos da estiagem e outras questões relacionadas ao setor agropecuário. O encontro contou com a presença de representantes de 14 regionais e abordou temas como perdas nas lavouras, custos da cesta básica e mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Durante a reunião, produtores relataram que, apesar de algumas regiões registrarem chuvas isoladas, muitas lavouras de soja estão comprometidas, com perda total da produção. Também foi discutida uma possível alteração no Proagro, que pode tornar inviável o financiamento pelo Pronaf, prejudicando ainda mais os agricultores familiares.

Diante dessa situação, está prevista uma mobilização para o dia 17 de fevereiro, em Passo Fundo, em frente à Superintendência do Banco do Brasil. O ato visa reivindicar soluções para os produtores afetados pela estiagem e pressão contra mudanças que podem impactar o financiamento agrícola. Além disso, para o dia 19 de março, está programado o Grito de Alerta, em Porto Alegre, mobilizando agricultores de diversas regiões.

Outro tema abordado por Silvério Melara foi a preocupação com a proposta de mudanças na aposentadoria rural. Segundo ele, caso a nova regra seja aprovada, a idade mínima para mulheres passará de 55 para 62 anos, e para os homens, de 60 para 65 anos, impactando a economia local e a subsistência das famílias rurais.

No âmbito local, o sindicato segue com visitas a comunidades para dialogar com os associados e apresentar a prestação de contas. Estão programadas reuniões em Vista Alegre, Linha Scariot e Linha Calegari nos dias 4, 5 e 6 de fevereiro, respectivamente. Também, está aberto o período de inscrição para o curso de Nota Fiscal Fácil, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de fevereiro.

Para os aposentados que ainda não retiraram seus brindes, o sindicato solicita que compareçam à sede para a retirada. "Nosso compromisso é seguir lutando pelos direitos dos trabalhadores rurais, independente de serem ou não associados. Precisamos valorizar a força do sindicato para garantir melhorias e evitar retrocessos", destacou Melara.